quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vem ai...

Festa Julina na igreja Matriz da Paróquia Cristo Rei!
Teremos Quermesse, comidas típicas, músicas católicas, ação entre amigos com diversos prêmios e muito mais...
O quê:  Festa Julina
Local: Igreja Matriz
Quando: 23.07 Sábado
Horário: a partir das 19h

Fique por dentro

Nesta sexta-feira será realizada na comunidade Sagrado Coração de Jesus, no bairro Alameda, e na igreja matriz, no bairro Cristo Rei, a consagração ao Coração de Jesus.
No sábado, a Consagração ao Sagrado Coração de Maria Santíssima!
Informações: 3685 - 2097

Porque sucessor de Pedro?

Por: CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID - Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro
Neste tempo, em que acabamos de comemorar o Dia do Papa, não podemos deixar de fazer uma reflexão, ainda que breve, sobre São Pedro e o seu 265º sucessor, o nosso querido Bento XVI.
Pedro foi um homem que esteve muito próximo de Jesus, praticamente aos seus pés, durante todo o tempo em que percorreram os caminhos da evangelização. Através daquela convivência, suas imperfeições humanas foram sendo buriladas, culminando com o acolhimento ao dom do Espírito Santo, que o configurou ao Mestre, até mesmo no cálice do martírio.
Podemos fazer uma síntese dos momentos mais marcantes da vida de Pedro, a começar pelo chamado feito por Jesus, descrito logo no início do Evangelho de João: “Fixando nele o olhar, disse: ‘Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)’” (Jo 1,42).
Por ocasião do discurso sobre a Eucaristia, Jesus fala de si mesmo como verdadeiro Alimento espiritual. Diante da incompreensão e do afastamento de muitos discípulos, Ele dirige a pergunta aos Doze: “Quereis vós também retirar-vos?” Falando em nome dos demais, Pedro responde com uma belíssima profissão de fé, inspirada pelo próprio Deus: “Senhor, a quem iríamos nós? Só Tu tens palavras de vida eterna. E nós cremos e sabemos que Tu és o Santo de Deus!” (Jo 6,67-69).
O Evangelista Mateus narra outra afirmação de fé do Apóstolo, a respeito da identidade de Jesus, freqüentemente tomado por um simples profeta: “‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!’” (Mt 16,15-16).
A fé é a condição fundamental de resposta ao chamado do Senhor. Mediante a profissão de Pedro, o próprio Cristo lhe confere o Primado sobre toda a Igreja: “Eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19). Esta é a Igreja Católica, que permanece firme e fiel ao seu Senhor, apesar de todas as vicissitudes históricas, pelas quais tem passado.
Aproximando-se o termo da missão de Cristo, encontramos os diversos exemplos e recomendações de despedida, que Ele deixa aos Apóstolos. O mais marcante foi, sem dúvida, aquele descrito no episódio do Lava-Pés: “Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós”. Todos conhecemos a apressada mudança de disposição de Pedro, que passa da negativa: “Jamais me lavarás os pés!”, para a aquiescência exagerada: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”. Percebemos que o Apóstolo ainda não compreende a plena dimensão daquele gesto porém, uma vez mais, a fé no Senhor e o desejo de segui-lo é que o guiam (cf. Jo 13,1-15).
O episódio da Paixão registra o momento de maior fraqueza de Pedro, com a tríplice negação do Senhor Jesus, diante dos inimigos. Mas, num dos encontros com Jesus Ressuscitado, a igualmente tríplice profissão de amor irá redimi-lo, definitivamente. Notemos que o grau de exigência de Jesus para com Pedro é grande, à altura do que lhe será confiado: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” Mediante a repetição da pergunta, Jesus exige compromisso e fidelidade. Pedro responde, entristecido: “Senhor, Tu sabes que te amo”. Sua fé, tantas vezes manifestada, agora é corroborada pelo amor.
Pela entrega radical, Pedro está apto a receber o ministério de apascentar o rebanho de Cristo (cf. Jo 21,15-19). Antes da vinda do Espírito Santo, ele já demonstra consciência de ser Vigário de Cristo na terra e Chefe do Colégio Apostólico. Conforme nos é referido nos Atos dos Apóstolos, ele cuida para que Matias suceda a Judas Iscariotes, o traidor (cf. At 1,15ss). Preside a eleição e o agrega ao Grupo dos Onze que, assim, retoma o número tradicional das doze tribos de Israel.
No dia de Pentecostes, Pedro encontra-se reunido com a Mãe de Jesus e mais 120 discípulos, aguardando aquele grande acontecimento da história de nossa salvação – a vinda do Espírito Santo. A partir de então, testemunhamos a força da pregação de Pedro às multidões, a sua inquestionável ascendência sobre os demais Apóstolos e a importância de sua autoridade na Igreja, como ficou demonstrado em tantos episódios, narrados pelos Atos dos Apóstolos como, por exemplo, o Concílio Apostólico de Jerusalém (cf. At 15,4-21).  
A tradição nos ensina que Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, cidade onde morreu mártir, provavelmente no ano 64, época da perseguição empreendida pelo inqualificável imperador Nero contra os cristãos. Desde aquele tempo, a seqüência ininterrupta de sucessores de Pedro nos traz até aos Papas do nosso tempo. Dentre estes, Deus me concedeu a graça de conhecer Pio XII, herói silencioso do período da Segunda Guerra Mundial, João XXIII e Paulo VI, aqueles que conduziram o Concílio Vaticano II, o fato mais memorável do século passado, em nossa opinião.
Pessoalmente, tive, ainda, a honra de privar da amizade do Papa João Paulo II, que me confiou as maiores responsabilidades do meu ministério episcopal: a Diocese de São José dos Campos (SP), o Arcebispado de Florianópolis, do Rio de Janeiro e o Cardinalato. Mantivemos contacto profundo com aquele saudoso Papa durante todo o seu longo e fecundo Primado, cujo Magistério plasmou a feição da Igreja e influenciou o mundo inteiro, na segunda metade do século passado. Por isso, encontro-me entre os defensores da iniciativa de lhe atribuir o merecido título “o Grande”, ou “Magno”, que testemunhará, para as futuras gerações, sua memorável obra, inconfundível e perene.
Agora, temos a bênção de contar com a rocha firme, sobre a qual se fundamenta a Igreja, construída a partir da visibilidade de Cristo, na pessoa de Bento XVI - homem de cultura e sabedoria invejáveis, um dos maiores, senão o maior, teólogo do nosso tempo. Sua experiência se acumulou, ao longo dos anos, como Professor Catedrático, Arcebispo de Munique, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, fiel e incansável colaborador mui próximo a João Paulo II. 
Além de tudo, tem grande facilidade de comunicação, como seu antecessor. Bento XVI pode ser definido como a gentileza em pessoa, um músico, cuja arte, certamente, favorece a empatia espontânea e fácil com o público. Tanto sua reflexão teológica, quanto o ensinamento de seu Magistério, têm dado origem ao que há de melhor e mais sublime na literatura eclesiástica atual, verdadeira Sabedoria divina, filtrada em linguagem humana lindíssima e contagiante.
Que Deus o abençoe e conserve, para o bem das ovelhas do rebanho de Cristo, que ele apascenta, segundo o exemplo de Pedro, e conforme o mandato do próprio Pastor Supremo, nosso Salvador Jesus Cristo.

Pálio, a expressão da missão apostólica

Nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas

O que é o pálio? Ele é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5 cm de largura e dois apendices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta: quatro no colarinho e uma em cada um dos apêndices. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecilia, em Roma.
Para fazer os pálios, elas utilizam a lã de dois cordeiros que são ofertados ao Papa anualmente, no dia 21 de janeiro, pois neste dia, celebra-se a Solenidade de Santa Inês, jovem mártir cristã dos primeiros séculos.
Uma vez confeccionados, os pálios são abençoados pelo Santo Padre, guardados numa arca junto ao tumulo do Apostólo São Pedro, o primeiro Pontífice, e entregues pelo próprio Papa, no dia 29 de junho de cada ano, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, aos Arcebispos nomeados após a celebraçao do ano anterior.
O uso do pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Metropolitas a partir do século VI, tradição que vigora até os nossos dias.
Qual o significado do pálio usado pelo Arcebispo? Para entendê-lo, é importante ter presente que a Igreja Católica está organizada pelo mundo afora em províncias eclesiásticas. Cada uma é formada por algumas dioceses (não há número determinado) e uma arquidiocese.
À frente dela esta o Metropolita, que é o Arcebispo da diocese-sede. As palavras “arqui” e “arce”, colocadas junto às palavras diocese e bispo, vêm da língua grega, e significam “a primeira”, “o primeiro”. Assim, a Arquidiocese e o Arcebispo são “a primeira” e “o primeiro”, não em linha de importância, mas para serem aquela e aquele que devem estar a serviço e promoção da comunhão.

Após a sua nomeação de Arcebispo, deve o Metropolita pedir ao Bispo de Roma, o Papa, o pálio, símbolo de seu “poder” (o serviço e promoção da comunhão) na própria Província Eclesiástica e de sua comunhão com a Sé Apostólica. Uma vez recebido [pálio], usa-o unicamente dentro das funções litúrgicas, sobre os paramentos pontificais, dentro da Província a que preside, e unicamente nela.
E bom registrar aqui uma palavra final, mostrando a visão do próprio Papa Bento XVI sobre o pálio, pronunciada na homilia que ele fez, no dia 29 de junho de 2005, ao entregá-los aos Arcebispos daquele ano: “Estais para receber o palio das mãos do Sucessor de Pedro. Fizemo-lo abençoar, como pelo próprio Pedro, pondo-o ao lado do seu tumulo. Agora ele é expressão de nossa responsabilidade comum diante do ‘supremo pastor’, Jesus Cristo, da qual fala Pedro na sua Primeira Carta.
O palio é a expressão da nossa missao apostólica. E expressão da nossa comunhão, que no ministério petrino tem a sua garantia visível”.
Ajudem-me a ser digno do pálio que estou recebendo das mãos do Papa Bento XVI - na Basílica de São Pedro, no dia 29 de junho próximo, dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo - e a usá-lo com toda a consciência do seu significado.

ACOMPANHE O VÍDEO DA HISTÓRIA DO SUCESSOR DE PEDRO

Parabéns Santidade!

Missa em comemoração ao 60º aniversário Sacerdotal do Papa Bento XVI

A Santa Missa em comemoração aos 60 anos da Ordenação Sacerdotal de Bento XVI foi presidida pelo Pontífice na manhã desta quarta-feira, 29 de junho, Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, na Basílica de São Pedro.
A paróquia Cristo Rei esteve em unidade com a Santa igreja na manha de hoje, celebrando essa data memorável com o vigário Padre Paulo Ricardo.
Ao longo da cerimônia, que foi transmitida em tempo real pela TV Canção Nova e TV aparecida, também houve a entrega do Pálio aos novos Arcebispos Metropolitanos nomeados ao longo do último ano, entre os quais sete brasileiros.
O Papa centrou sua homilia entorno da expressão "Já não vos chamo servos, mas amigos" (cf. Jo 15, 15). Segundo o ordenamento litúrgico do tempo de sua Ordenação, essas palavras eram ditas pelo bispo ao final da cerimônia e significavam a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados.
"'Já não sois servos, mas amigos': nesta frase está encerrado o programa inteiro de uma vida sacerdotal", destacou. Ele disse que tal expressão gera uma grande alegria interior, mas, ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer o sacerdote sentir ao longo dos decênios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da bondade inexaurível de Deus.
"Senti-me impelido a dizer-vos uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória", expressou.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Bento XVI escreve seu primeiro tweet e lança portal news.va


Leonardo Meira
Da Redação, com informações do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé e L'Osservatore Romano

Através de um simples clique e uma mensagem no twitter, Bento XVI deu início na noite (hora local) desta terça-feira, 28, a uma nova aventura extraordinária para os meios de comunicação do Vaticano.
A partir do Palácio Apostólico, o Pontífice lançou o novo portal noticioso do vaticano, www.news.va, e também acolheu a proposta de abençoar os usuários da rede através de uma mensagem no twitter.
A ideia foi do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio Maria Celli. "Devo dizer que o Papa aceitou imediatamente e de bom grado [abençoar os usuários da rede e lançar o portal]. Além disso, ele estima muitíssimo a comunicação e, sobretudo, deseja que a Igreja esteja presente lá onde o homem vive e se encontra", disse Dom Celli à edição em italiano do jornal oficial do Vaticano, L'Osservatore Romano.
O foco das notícias serão as atividades e intervenções do Magistério do Santo Padre, as tomadas de posição dos Dicastérios da Santa Sé e os mais importantes acontecimentos ou situações ligados às várias igrejas particulares espalhadas mundo afora.
Nos primeiros meses, o portal estará disponível em apenas duas línguas: italiano e inglês. Após o término do verão europeu, haverá a primeira remodelação e abertura do site em ao menos uma outra língua, provavelmente espanhol. No entanto, também se deseja que haja disponibilidade em francês e português.

Homilia diária - Não te importas que estejamos perecendo?

O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus – manifestada com Suas palavras e Seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e diante das leis físicas da natureza – revelam Seu domínio absoluto sobre as crenças e Seu senhorio total, como Criador e não criatura, sobre os acontecimentos. De modo que a nossa resposta, hoje, não pode ser outra que a dos que estavam no barco: “Que homem é este que manda até no vento e nas ondas?”
Ora, vejamos: Jesus sobe a uma barca e pede aos apóstolos que vão à outra margem. Esgotado pelo cansaço, dorme na popa. Enquanto isso, se levanta uma grande tempestade que inunda a barca. Assustados, os apóstolos acordam o Senhor, gritando-Lhe: “Mestre, não te importas que pereçamos?” Após levantar-se, Jesus ordena ao mar que se acalme: “Cala, emudece!” O vento se acalmou e sobreveio uma grande bonança. Depois, disse-lhe: “Por que estais com tanto medo? Ainda não tendes fé?”
Deus cuida de nós, Ele se importa com a nossa vida. E de que maneira! Nos momentos mais difíceis da nossa vida – representados pela turbulência do mar agitado – Ele está conosco e muitas vezes nos carrega no colo. E, olhando para trás, vemos somente duas pegadas e julgamos que Ele nos abandonou, que lançou a “batata quente” em nossas mãos. E ficamos desesperados. A resposta de Jesus será sempre a mesma: “Eu estava, estou e estarei contigo em tudo, porque Eu te amo mais do que a mim mesmo. Renunciei à minha divindade e vim aqui na terra. Deixei-me crucificar e, por você, morri para provar o quanto te amo. Não duvide mais, homem, mulher de pouca fé! Tem confiança em Deus e crê em mim também. Eu acalmo as tempestades da tua vida. Confia em mim todas as tuas preocupações”.
Portanto, meu irmão e minha irmã, esta é a mensagem do Evangelho de hoje: a confiança em Deus. Naquele dia, o que salvou os discípulos do naufrágio foi o fato de levarem Jesus na barca, antes de começar a travessia. Esta é também para nós a melhor garantia contra as tempestades da vida. Levar o Senhor conosco. O meio para levar Jesus na barca da própria vida – e da própria família – é a fé, a oração e a observância dos mandamentos.
Reze comigo: “Meu Senhor e meu Deus, eu creio! Mas aumenta a minha pouca fé”.
Padre Bantu Mendonça

Bento XVI incentiva cristãos a rezar com o Livro dos Salmos

Bento XVI salientou importância do Livro dos Salmos
O Papa Bento XVI começou na Catequese desta quarta-feira, 22, um novo trecho do percurso da Escola de Oração. "Ao invés de comentar particulares episódios de personagens em oração, entraremos no 'livro de oração' por excelência, o livro dos Salmos. Nas próximas catequeses, leremos e meditaremos alguns dos Salmos mais belos e mais queridos à tradição orante da Igreja", explicou.

O Pontífice incentivou os cristãos a mergulharem no conhecimento desse importante livro bíblico. "O cristão, rezando os Salmos, reza ao Pai em Cristo e com Cristo, assumindo esses cantos em uma perspectiva nova, que tem no mistério pascal a sua última chave interpretativa. O horizonte do orante abre-se, assim, a realidades inesperadas, cada Salmo adquire uma luz nova em Cristo e o Saltério pode brilhar em toda a sua infinita riqueza", explicou.

Nesse sentido, como são palavras inspiradas por Deus, quem reza os Salmos fala a Deus com as palavras mesmas que Deus deu aos homens, dirige-se a Ele com as palavras que Ele mesmo dá aos homens. "Assim, rezando os Salmos, aprende-se a rezar. São uma escola de oração. [...] Tomemos portanto em mãos esse livro santo, deixemo-nos ensinar por Deus a dirigirmo-nos a Ele, façamos do Saltério um guia que nos auxilie e nos acompanhe cotidianamente no caminho da oração. E peçamos também nós, como os discípulos de Jesus, 'Senhor, ensina-nos a rezar' (Lc 11,1), abrindo o coração para acolher a oração do Mestre, no qual todas as nossas orações chegam ao seu cumprimento. Assim, tornados filhos no Filho, poderemos falar com Deus chamando-O 'Pai Nosso'".
Bento XVI afirmou que toda a experiência humana, com as suas múltiplas faces, e toda a gama dos sentimentos que acompanham a existência do homem encontram expressão no Livro dos Salmos. "Toda a realidade do crente conflui naquelas orações, que o povo de Israel primeiro e a Igreja depois assumiram como mediação privilegiada da relação com o único Deus e resposta adequada ao seu revelar-se na história".

O Sucessor de Pedro comparou a importância de rezar com os Salmos com a criança que começa a falar e pouco a pouco se apropria do contexto e das palavras recebidas de seus pais e dos que estão no seu entorno, aprendendo um novo modo de pensar e de sentir, um mundo de conceitos, e assim crescem, relacionam-se com a realidade, com os homens e com Deus.

"Assim acontece com a oração dos Salmos. Esses nos são dados para que aprendamos a dirigir-nos a Deus, a nos comunicar com Ele, a falar com Ele sobre nós com as suas palavras, a encontrar uma linguagem para o encontro com Deus. E, através daquelas palavras, será possível também conhecer e acolher os critérios do seu agir, aproximar-se do mistério dos seus pensamentos e dos seus caminhos, a fim de crescer sempre mais na fé e no amor. Como as nossas palavras não são somente palavras, nas nos ensinam um modo real e conceitual, assim também essas orações ensinam-nos o coração de Deus, para que não somente possamos falar com Deus, mas possamos aprender quem é Deus e, aprendendo como falar com Ele, aprendamos o ser homem, a ser nós mesmos", explicou.


Louvor e súplica

O Bispo de Roma ensinou que, em meio à multiplicidade expressiva, podem ser identificados dois grandes âmbitos que sintetizam a oração do Saltério: a súplica, unida ao lamento, e o louvor, duas dimensões correlatas e quase inseparáveis.

"A súplica é animada pela certeza de que Deus responderá, e isso abre ao louvor e à ação de graças; e o louvor e o agradecimento brotam da experiência de uma salvação recebida, que supõe a necessidade de auxílio que a súplica expressa. [...] Desse modo, na oração dos Salmos, súplica e louvor entrelaçam-se e fundem-se em um único canto que celebra a graça eterna do Senhor que se inclina sobre a nossa fragilidade".

O Papa também recordou o título que a tradição hebraica deu ao Saltério, que se chama tehillîm, termo hebraico que quer dizer "louvores", daquela raiz verbal que se encontra na expressão "Halleluyah", isto é, literalmente: "louvado seja o Senhor".

"Esse livro de orações, portanto, também se tão multiforme e complexo, com os seus diversos gêneros literários e com a sua articulação entre louvor e súplica, é em última análise um livro de louvores, que ensina a dar graças, a celebrar a grandeza do dom de Deus, a reconhecer a beleza das suas obras e a glorificar o seu Nome santo".


A audiência

O encontro do Bispo de Roma com os 30 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 5h30 no horário de Brasília). A reflexão faz parte da "Escola de Oração", iniciada pelo Papa na Catequese de 4 de maio.

Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"Saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, em particular os brasileiros de Curitiba e os jovens portugueses que se organizaram sob o lema "Eu acredito" para unir seus coetâneos à volta do Sucessor de Pedro. Continuai a fazer da oração um meio para crescerdes nesta união. Cada dia, pedi a Jesus como os seus primeiros discípulos: 'Senhor, ensinai-nos a rezar'! Que Deus vos abençoe!".

Deputada Myrian Rios professando a fé Católica

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A origem da festa de Corpus Christi

A celebração do amor e união

História: A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula "Transiturus" de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, as quais exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter 'visões', exigindo da Igreja uma festa anual para agradecer o sacramento da Eucaristia. Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, se tornaria o Papa Urbano IV (1261-1264), tornando mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.

A "Fête Dieu" começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão Eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a primeira Procissão Eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos.

Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.

Celebração: O decreto do Papa Urbano IV teve pouca repercussão, porque ele morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270. O ofício divino, seus hinos, a sequência 'Lauda Sion Salvatorem' são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Essa festa [Corpus Christi] tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar "o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia" e "onde for possível, haja procissão pelas vias públicas", mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.

Sacramento: A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: "Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim". Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.
Na véspera da Sexta-Feira Santa, a morte na cruz impede uma festa solene e digna de gratidão e doutrinação. Porque a Última Ceia está no Novo Testamento, os evangélicos lhe têm grande consideração, mas com interpretação diferente.

Para os luteranos e metodistas, a Eucaristia é sacramento, mas Cristo está presente no pão e no vinho apenas durante a celebração, como permanência e não transubstanciação. Outras igrejas cristãs celebram a Ceia como lembrança, memorial, rememoração, sinal, mas não reconhecem a presença real de Cristo nela. Mas alguma coisa existe em comum que, por intermédio da Eucaristia, une algumas Igrejas cristãs na Eucaristia, ensina o Concílio Vaticano II, no decreto "Unitatis Redintegratio".

A Eucaristia é também celebração do amor e união, da comum-união com Cristo e com os irmãos.
Ela [Eucaristia], que é a renovação do sacrifício de Cristo na cruz, significa também reunião em torno da mesa, da vida e da unidade para repartir o pão e o amor. E é o centro da vida dos cristãos: "Eu sou o Pão da Vida, que desceu do céu para a vida do mundo, por meio da vida de comum-união dos cristãos".

Ornamentação: A decoração das ruas para a Procissão de Corpus Christi é uma herança de Portugal e tradição brasileira. Muitas cidades enfeitam suas ruas centrais com quilômetros de tapetes, feitos de serragem colorida, areia, tampinhas de garrafa, cascas de ovos, pó de café, farinha, flores, roupas e outros ingredientes.


(*) Exerceu o ministério por 7 anos na Arquidiocese de Botucatu (63/69), por 14 anos na Diocese de Apucarana (69/83) e por 8 anos na CNBB de Brasília. A partir de 1991 integrou a Arquidiocese de São Paulo, como Vigário Episcopal de Comunicação. É autor do livro "Como Falar com os Meios de Comunicação da Igreja". Faleceu no dia 11/10/2001. 
Monsenhor Arnaldo Beltrami (*)


Espírito Santo no dia a dia...

O Senhor quer nos convencer de que ter o Espírito Santo e ser por Ele batizado não é algo apenas para o momento do nosso batismo, mas é como uma fonte que brota dentro de nós, do nosso interior, quer dizer, do mais profundo do nosso ser, lá onde Deus e a Trindade habitam e de onde jorra água viva.
O Senhor deseja que esse rio continue a fluir!
Todo rio nasce de um pequeno olho d’água. A vivência no Espírito Santo deve ser contínua, e não apenas para certos momentos. O Senhor quer nos convencer disso. Assim, em nossa vida não pode haver apenas alguns momentos sagrados, como quando vamos à Santa Missa nos domingos, ou quando participamos de um grupo de oração durante a semana, ou de uma reunião qualquer. O Senhor quer convencer-nos de que não é assim; de que sua Palavra não é condenação, e sim caminho para nossa salvação. Deus quer que toda a nossa vida seja sagrada e que entendamos que a vida no Espírito é para ser vivida de forma concreta, no dia a dia.
Um bom exemplo é a relação marido e mulher. Por que tantas vezes marido e mulher não se entendem? Porque cada um tem um histórico de vida – a gestação, a infância, a maneira como foram educados por seus pais (uma educação rude e autoritária ou uma educação liberal demais que os fazia sentir-se rejeitados), a escola, como foram informados sobre sexualidade, as rejeições da adolescência, quando eram jovens e cheios de ideais. Tais marcas acabam incidindo no casamento.
A partir desse exemplo fica mais fácil entender por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos. É como um recipiente cheio d’água que, a certa altura, começa a transbordar. Conosco também ocorre o mesmo; derramamos aquilo que está em excesso dentro de nós justamente sobre as pessoas que mais amamos, como é o caso de marido e mulher. Continuemos.
O marido tem certeza de que sua mulher o ama, uma vez que ela já lhe deu muitas demonstrações disso, mas mesmo assim ele se excede com ela. Às vezes, não se trata de nada grave, contudo derramou sobre ela todo o seu negativismo, que geralmente não tem uma causa, sendo apenas reflexo do passado. Certamente esse marido precisa de muita cura e libertação. E a beleza de tudo isso é que o Senhor quer nos curar e libertar. Por isso, é preciso buscar a cura dessas coisas concretas.
Tal comentário não tem a intenção de manifestar que as mulheres sejam santas e os maridos pecadores, porque o mesmo acontece com elas. Quantas e quantas vezes o marido chega em casa e a mulher derrama sobre ele uma enxurrada de reclamações que ele nem sequer entende. Elas sempre arrumam uma dificuldade: ele entrou em casa com o pé sujo, derramou qualquer coisa no chão, não lhe deu atenção nem foi carinhoso, enfim, uma infinidade de queixas, que quando analisadas, descobre-se que não são o verdadeiro motivo do desentendimento. Possivelmente, uma simples atitude tenha sido a gota que fez o recipiente transbordar. Então, em virtude de um passado doloroso surgem aqueles enormes problemas entre o casal.
Uma hipótese é que a esposa talvez tenha sido humilhada e rejeitada desde a infância. Deus caprichou nas mulheres e as criou cheias de amor, mas pode ser que essa mulher [de que falei acima] não tenha conseguido amar nem ser amada, pelo contrário, foi ignorada e mesmo manipulada, inclusive, em casa. Ela carregava toda essa carga quando se casou com seu marido. Além de experiências dolorosas dos namoros e da sexualidade que experimentou. Quanta frustração sexual! Ninguém lhe permitiu que crescesse como mulher, em sua feminilidade, porque sexualidade não se resume a um órgão genital e ao prazer. Talvez tenha sido reprimida naquilo em que é mais ela mesma, por causa da educação recebida em casa, que não condizia com o seu interior. Ela observava o comportamento das colegas e o que mostravam os romances, as novelas e filmes. Quem sabe ela tenha até sonhado e mesmo tentado vivenciar tais acontecimentos, mas sentia que não condiziam com seu interior. Foram experiências interiores ruins e sofridas de incapacidade de ser o que se é. Nosso ser sofre por não conseguir ser aquilo que Deus criou.

Tudo isso foi mencionado para que entendamos que a vivência no Espírito Santo de Deus deve atingir a nossa vida concreta. É essa a pretensão do Senhor.
Se você se considera uma pessoa de "pavio curto", ou seja, que se excede com facilidade, quando menos se espera, com qualquer um... Caso sinta isso, é um sinal de que precisa de cura. Jamais se deve esquecer esta verdade: Deus não está longe, o Espírito não está longe, portanto, a cura está próxima, porque o Espírito de Deus repousa sobre nós e nos cura.
Por Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quem foi João Batista?

Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista. De fato, todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar." (Mt 11,11-14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem "precedeu" como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: "Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente..." ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolherem o Mais Forte, por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades - sua cunhada - e com ela vivia como esposo.
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: "Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista" (Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
São João Batista! Rogai por nós!
Festa junina na comunidade São João Batista, dia 26-06 após a celebração da Santa Missa.
Em breve teremos a programação completa.

Mais que casamenteiro, Santo Antônio é exemplo de coerência

Santo Antônio de Pádua
Muitas simpatias envolvendo a imagem de Santo Antônio surgiram com os anos, mas padre Linson Rodrigues destaca que são heresias
Mais que um santo de devoção, para Beatriz Cristina Gonçalves, Santo Antônio é um companheiro. Para ela, que faz aniversário nesta segunda-feira, 13, dia de Santo Antônio, ele é aquele amigo que sempre a escuta.
Esse é um ano muito importante para Beatriz: é o ano de seu casamento. “Eu pedi a Santo Antônio que estivesse comigo nesse dia. Pedi a ele que eu pudesse me casar na casa dele. A Catedral Santo Antônio de Guaratinguetá é muito concorrida, mas eu pedi a ele e consegui marcar meu casamento lá no dia que planejava. Acredito que foi uma intercessão dele”, conta a jovem.
Sempre muito compadecido com os pobres, Santo Antônio casava muitos deles sem exigir nenhuma contribuição financeira para a igreja, como era costume na época. Veio daí a fama de "santo casamenteiro".
“Conta-se também que uma jovem muito bonita, que queria encontrar um marido, fazia todos os dias orações e colocava junto à imagem de Santo Antônio flores que ela mesma colhia em seu jardim. Já cansada de esperar ela atira a imagem pela janela que cai na cabeça de um rapaz que se apaixona por ela e mais tarde eles se casam”, recorda o pároco Lilson Rodrigues da paróquia Santo Antônio, de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.
Antes de morrer, Santo Antônio prometou que nunca deixaria de atender um pedido dos fiéis. Com os anos, surgiram simpatias em relação a imagem do santo, mas como alerta o padre, tais coisas são heresias que nada condizem com a fé católica.
Mas Santo Antônio é mais que um santo casamenteiro, ele foi um grande anunciador do Evangelho e para padre Lilson o grande exemplo que Santo Antônio deixou foi o de uma vida coerente com aquilo que se prega.
“Maior característica de Santo Antônio é a busca por uma vida coerente. Pois ele sabia que muito mais que anunciar é preciso ter a vivência da palavra de Deus, mirando o exemplo dos santos”, destaca o pároco.
História de Santidade
Nascido em 15 de agosto de 1195, em Lisboa, Portugal, ele recebeu no batismo o nome de Fernando. Era o único herdeiro de Martinho, nobre pertencente ao clã dos Bulhões e Taveira de Azevedo.
Fernando teve uma vida farta e estudou nos melhores escolas. Mas depois ingressar na vida religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, o jovem  sacerdote pede para ser transferido para Coimbra a fim de ficar longe do assédio da família que não aceitava sua escolha pela pobreza.
Nos estudos de filosofia e teologia, ele não encontrou dificuldade, pois tinha uma inteligência e uma memória formidável, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade.
Em Portugal, conheceu a família dos Franciscanos e se encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, além da vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças. E é na ordem dos franciscanos que Fernando adota o nome de Antônio.
“Lá ele passa a fazer trabalhos braçais e viver uma vida bem diferente daquela que ele vivia. Lá ele também conhece a graça da contemplação e conhece o próprio Francisco de Assis”, conta padre Lilson.
Certa vez, o supervisor pede para ele fazer o sermão do dia de improviso e todos ficaram surpresos com sua facilidade e sabedora para anunciar o Evangelho.
Amor aos pobres
Padre Lilson conta que num certo dia, Santo Antônio tomou todos os pães do convento e distribuiu aos pobres. O padeiro do convento ficou desesperado pois não tinha o que servir aos franciscanos, mas Antônio pediu para que ele verificasse na dispensa e ali aconteceu o milagre da multiplicação.
Assim a exemplo de Santo Antônio, este ano, Beatriz decidiu doar alguns pães para sua paróquia, afim de que fossem abençoados e entregues às famílias. “Mas esse ano não estou pedindo nada, só quero que esses pães cheguem até a casa das famílias e que as abençoe para nunca faltar alimento a elas e que sejam felizes”, diz a devota.
Oração de Santo Antônio
Lembrai-vos, glorioso Santo Antônio,
amigo do Menino Jesus, filho querido de Maria Imaculada,
de que nunca se ouviu dizer de alguém que tenha recorrido à vós,
tenha sido por vós abandonado.
Animado de igual confiança,
venho à vós fiel consolador e amparador dos aflitos.
Gemendo sob o peso dos meus pecados,
me prosto a vossos pés.
Não rejeitais, pois, a minha súplica: (fazer o pedido).
Sendo tão poderoso junto ao Coração de Jesus,
escutai-a favoravelmente e dignai-vos a atendê-la.
Amém.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Aniversário Sacerdotal de nosso vigário - Padre Paulo Ricardo


Preciosidades do coração de Deus

Com imensa alegria, hoje celebramos o aniversário sacerdotal de nosso vigário abençoado, Pe. Paulo Ricardo!
Em sua homilia, hoje pela manhã, transmitida pela TV Canção Nova em Cachoeira Paulista, nosso sacerdote amado nos disse sobre a importância de amarmos nossos inimigos, e ressaltou essa característica única existente em cada cristão.
Louvado seja Deus por tua vida, pelo sacramento que Ele sonhou e concretizou em ti, louvado seja Ele, por mais um ano de santidade, zelo, amor e respeito por nossa paróquia.
Feliz Aniversário de Sacerdócio!


quinta-feira, 9 de junho de 2011

Qual a importancia da Arte Sacra na igreja?

Por: Pablo Neves, Bacharel em Design pela Universidade Federal do Maranhão e Pós Graduado em Arte Sacra.


Este foi um dos temas tratados no Concílio Vaticano II (XXI Concílio Ecumênico da Igreja Católica): “Ao edificar os templos, procure-se com diligência que sejam aptos para a celebração de ações litúrgicas e para conseguir a participação ativa dos fiéis.”
Se percebermos bem os momentos em que Cristo pregava para as multidões, Ele buscava lugares favoráveis para que as pessoas estivessem receptivas à mensagem.
Um exemplo claro desse momento é o sermão das bem-aventuranças. O lugar em que Jesus se pôs a falar era como uma concha acústica onde o som se espalhava com facilidade, tinha ainda presente no cenário como adorno a fonte de água, o mar da Galiléia, sendo ainda rodeado de árvores frutíferas.
A respeito deste olhar sobre aqueles que recebem a mensagem da arte sacra o artista nos diz: “Quando falamos de conforto falamos de algo abstrato, você não vê o conforto, o que o designer faz é materializar a expressão do conforto. O artista sacro precisa expressar às realidades invisíveis de forma visível, neste caso a fé, é preciso materializá-la.”
A hierarquia eclesiástica tem feito intervenções para dignificar a arte sacra, dando não só proibições como também tem dado orientações concretas sobre diferentes manifestações artística nessa área [arte sacra].
O espaço litúrgico que acolhe a celebração, e que chamamos de “igreja” deriva da reunião das pessoas que nela acontece. A sua função primordial, essencial, é acolher a assembléia que se propõe realizar o convite de Jesus: “Fazei isto em memória de mim.”
Com base nesta afirmação de Vicenzo Gatti, nosso entrevistado nos dá exemplos claros de sinais presentes na construção dos “templos” de reunião do povo de Deus , vamos a elas:
*“Ao chegar na igreja é preciso estar atento à espiritualidade que ela me propõe para que eu possa entrar neste mistério.
*O altar precisa ser feito de um material maciço e não corrosivo, pois Cristo é essa Pedra Viva, Sua presença é forte e concreta.
*Existem elementos curiosos em muitas das nossas igrejas, como anjos que custodiam o sacrário. “Os anjos são anunciadores de Deus, são aqueles que guerreiam contra o mal. A figura do anjo, é uma forma de expressar que o que está no sacrário é celeste, é divino, é santo.”
Questionando se um designer de arte sacra precisa ter conhecimento teológico, Pablo Neves nos diz: “É preciso conhecer bem a história vivida no decorrer destes mais de 2000 anos de Cristianismo. A consultoria se dá na Sagrada Escritura, na tradição e na liturgia, essas são bases essenciais para se projetar algo para a igreja. Ela é um espaço sagrado, é uma profecia do que vamos viver no céu.”
É necessário que a arte sacra seja compreensível, quer dizer, que sirva de ensinamento, porque é uma “teologia em imagens”. Deve representar as verdades da fé, não de um modo arbitrário, mas de exposição do dogma cristão com a maior fidelidade possível e com sentimentos autenticamente piedosos.